A Polícia Civil prendeu um policial penal de 34 anos suspeito de atirar contra um veículo em uma estrada que liga as cidades de Diogo Vasconcelos e Porto Firme, na Zona da Mata, em Minas Gerais e balear na cabeça uma menina de 10 anos. Ela está hospitalizada. O crime aconteceu no último domingo (15) e foi noticiado nesta segunda (15) pelo jornal Super Notícia.
O suspeito, que prestou depoimento na Delegacia de Polícia Civil em Viçosa, teve a prisão em flagrante ratificada. Segundo a PM, ele alegou que dirigia um Chevrolet Onix, e teria se sentido ameaçado após levar uma "fechada" e por isso acabou atirando contra o Chefrolet Santana. Ainda conforme o suspeito, ele não sabia que a menina havia sido baleada.
O policial penal foi preso em casa após os militares identificarem o veículo utilizado por ele. A arma do crime foi apreendida.
O crime
O jornal Super Notícia teve acesso às imagens de uma câmera de vigilância na estrada que registrou o veículo em que a garotinha estava com o pai passando pela rodovia. Nas imagens é possível ver dois carros trafegando. Logo em seguida são ouvidos disparos em sequência.
O pai da menina, um vendedor de 46 anos, que acionou a Polícia Militar, contou que dirigia pela estrada quando percebeu outro carro em alta velocidade atrás do dele. Segundo o homem, este veículo teria se aproximado muito, então, ele diminuiu a velocidade, momento em que acabou ultrapassado pelo suspeito, que atravessou o carro na sua frente e desembarcou.
Ainda conforme a PM, segundo o pai, pensando se tratar de um assalto, ele acelerou o carro, momento em que ouviu vários disparos. Ao perceber que a filha, que estava sentada no banco dianteiro do passageiro havia sido atingida por um tiro na cabeça, o vendedor acelerou até chegar ao hospital.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso segue em apuração e que, no dia do crime, a perícia compareceu ao local para identificar e coletar vestígios que subsidiarão a investigação.
O que diz a Sejusp
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou em nota que o caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Penal. A pasta ainda disse que o servidor está lotado no presídio de Ponte Nova.
“A Sejusp não compactua com possíveis desvios de conduta de seus servidores. Toda e qualquer suspeita é apurada com rigor, sempre respeitando o devido processo legal e os princípios da ampla defesa e do contraditório. Medidas administrativas e, quando necessário, judiciais são adotadas com a seriedade que o tema exige“, informou a secretaria.