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POLICIA CIVIL DESARTICULA CÉLULA NEONAZISTA COM INTEGRANTES EM POÇOS

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (18) a Operação Overlord, que resultou na desarticulação de uma célula neonazista com atuação nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em três cidades: Poços de Caldas (MG), Nova Lima (MG) e Campinas (SP).

Em Poços de Caldas, três pessoas foram presas preventivamente, sendo que um dos alvos já se encontrava detido no presídio de Varginha (MG).

Na cidade de Nova Lima, houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão e uma prisão preventiva. Já em Campinas (SP), além do cumprimento dos mandados, o investigado foi preso em flagrante por posse de pornografia infantil, de acordo com o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A operação teve início a partir das investigações que levaram à prisão, em Belo Horizonte, de um homem de 20 anos, identificado como líder da organização criminosa, responsável por coordenar os integrantes, além de estruturar ações de inteligência e contrainteligência para tentar proteger o grupo.

A partir dessa prisão, os investigadores conseguiram identificar outros cinco integrantes da célula, que mantinha atuação ativa tanto na internet quanto presencialmente, promovendo apologia ao nazismo, discursos de ódio, discriminação contra grupos minoritários, LGBTQIA+ e atos antissemitas.

Nos locais alvos da operação, a polícia encontrou e apreendeu diversos materiais com simbologia nazista, incluindo livros sobre Adolf Hitler, cadernos com anotações de suásticas, literatura de conteúdo militar, fardamentos paramilitares, além de armas brancas como canivetes, soco inglês, balestras (arco e flecha automáticos), simulacros de arma de fogo e até de explosivos.

Também foram localizados materiais para acampamento — como barracas e lonas camufladas —, que eram utilizados em encontros realizados em áreas de mata na cidade de Poços de Caldas.

No caso do investigado de Campinas, além dos materiais nazistas, a polícia encontrou grande quantidade de conteúdo antissemita, bandeiras de grupos de supremacia branca e registros de pornografia infantil armazenados em seus dispositivos eletrônicos.

De acordo com a Polícia Civil, a célula atuava não só de forma virtual, com divulgação de discursos de ódio, como também em ações presenciais, incluindo pichações de símbolos nazistas em prédios públicos e privados, agressões físicas contra pessoas LGBTQIA+ e integrantes de grupos antifascistas, além da distribuição de cartazes com mensagens antissemitas.

A Operação Overlord contou com o apoio da Delegacia Regional de Poços de Caldas (PCMG) e da Divisão de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil de São Paulo, em Campinas (PCSP).

Os presos foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça. As investigações seguem, com foco na análise do conteúdo apreendido nos dispositivos eletrônicos.

O nome da operação faz referência à Operação Overlord, ação militar dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, que culminou na invasão da Normandia, na França, e representou uma ofensiva decisiva contra o regime nazista de Adolf Hitler em 1944.

Fonte: G1



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