Pular para o conteúdo principal

VEREADOR DO PODEMOS PRESO POR ABUSO CONTRA ADOLESCENTE VIRA ALVO DE COMISSÃO PROCESSANTE PARA CASSAÇÃO

A Câmara Municipal de Vereadores de Nepomuceno (MG) instaurou uma comissão processante, cujo trabalho poderá resultar na cassação do vereador Marcelo Henrique de Mello Alves (PODE), preso preventivamente por suspeita de abusar sexualmente de um adolescente de 15 anos.

Segundo o presidente da Câmara de Vereadores, Tullio Marangoni (Republicanos), a ação foi motivada por uma denúncia apresentada por um cidadão, que foi aceita por unanimidade pelos vereadores na reunião desta segunda-feira (31).

A comissão é formada pelos vereadores Marcos Memento (PT), Mariana Dessimoni (União) e Rogério Pedroso (PL). Eles serão responsáveis por analisar as provas e apresentar um parecer ao plenário da câmara, que votará a decisão final sobre o vereador.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Bruno Bastos, após a exposição do caso, outros adolescentes procuraram a polícia para dizer que foram abordados pelo vereador.

"Agora com a prisão do vereador, outros adolescentes que foram abordados por esse vereador, tomaram a iniciativa de procurar a Polícia Civil buscando relatar que foram abordados por esse vereador no mesmo sentido que ele buscava manter essa relação sexual com eles. Eles foram ouvidos na delegacia, foram formalizados seus depoimentos e esses depoimentos vão auxiliar a gente na conclusão desse caso que gerou a prisão do vereador", disse o delegado.

Ainda segundo o delegado, esses adolescentes não são considerados vítimas, já que não houve a prática de crime.

"Nesses casos específicos não houve a prática de crime, então a gente não considera eles como vítimas, mas o depoimento dele serve para a gente embasar a investigação do caso à prisão do vereador porque demonstra a propensão dele a praticar esse tipo de conduta, de abordar adolescentes, tentar convencê-los a praticar relação sexual. Então isso auxilia a reforçar a investigação nesse sentido", disse o delegado.

Ainda conforme Bruno Bastos, existe a suspeita de que outros menores possam ter sido vítimas do vereador.

"Sim, supostas vítimas, outros adolescentes que teriam sido abordados pelo vereador já foram informados à Polícia Civil. Então a gente busca agora identificar quem são esses adolescentes, porque as informações que chegam são de forma informal. A gente vai tentar agora trazer isso tudo para dentro do inquérito, tudo ser formalizado para que a gente possa usar isso no inquérito policial", completou.

Ainda conforme o delegado, todas as pessoas que têm direta com o caso que gerou a prisão do vereador já foram ouvidas no inquérito policial, que deve ser concluída em breve.

O vereador disse em depoimento à polícia que manteve relação sexual com o menino, mas afirmou que foi consensual. Segundo o delegado que investiga o caso, o vereador poderá responder por violação sexual mediante fraude.

"Durante seu depoimento ele confessou que manteve a relação sexual com o adolescente, porém, segundo ele, tudo teria sido de forma consensual. Ele negou que em qualquer momento o adolescente tivesse demonstrado ali alguma negativa no consentimento dele", disse o delegado Bruno Bastos.

Segundo o delegado responsável pelo caso, a Polícia Civil acredita que ele ficará preso já que o nome dele também é vinculado a outros crimes.

"Ele vem tendo seu nome vinculado a vários crimes recentemente em Nepomuceno. Então é um indivíduo que em liberdade oferece risco à segurança pública de Nepomuceno, à ordem pública, porque vem tendo seu nome, como eu disse, vinculado a diversos tipos de crime aqui na cidade", disse o delegado.

Segundo o boletim de ocorrência registrado sobre o caso, na última terça-feira (25), plantonistas da Santa Casa de Nepomuceno acionaram a polícia dizendo que havia dado entrada na instituição um adolescente vítima de abuso sexual. Conforme relato dos médicos, a vítima procurou a vice-diretora da escola onde estuda e relatou o abuso.

Segundo a polícia, o menor relatou que o abuso ocorreu após conversas pelo Whatsapp. Na data dos fatos, o vereador teria convidado o adolescente a ir até a casa dele para lhe entregar algo.

No entanto, ainda conforme relato da vítima, ao chegar na casa e entrar em um quarto, o vereador teria fechado a porta e cometido o ato sexual sem consentimento da vítima. Os sinais de abuso foram constatados pela equipe médica da Santa Casa.

Para a Polícia Militar, o vereador negou as acusações, dizendo que não recebeu ninguém em sua residência e que desconhecia o menor.

A defesa do parlamentar ainda não se manifestou.

Câmara e prefeitura emitem notas

A Prefeitura de Nepomuceno emitiu nota em que manifesta repúdio aos atos de "pedofilia e estupro de vulnerável". Sem citar o nome do vereador, a nota assinada pelo prefeito Elias Natal Lima de Menezes também diz que "nos comprometemos a colaborar com as autoridades competentes para garantir que os infratores sejam devidamente responsabilizados, e que as vítimas recebam o apoio necessário para superar o trauma imposto por essas atrocidades".

Também sem citar o nome do vereador, a Câmara Municipal publicou uma nota, afirmando que repudia quaisquer atos que atentem contra a dignidade e a integridade de crianças e adolescentes e que confia nas autoridades para a apuração dos fatos.

A nota não faz referência às atitudes que a Casa tomará em relação ao caso do vereador Marcelinho. 

APOIE O MEU TRABALHO!!!

Postagens mais visitadas deste blog

SURTO DE VIROSE PREOCUPA AUTORIDADES DE MACHADO

Um surto de virose, com mais de 200 casos, virou alvo de investigação da Secretaria de Saúde de Machado.  Segundo apurações, somente na última terça-feira (11), 236 pessoas foram atendidas no pronto-socorro da Santa Casa com sintomas de vômito e diarreia. Santa Casa de Machado teve grande demanda de atendimento por conta do surto A Secretaria de Saúde afirma que os casos não se concentraram somente em um apenas um bairro da cidade, mas em vários. Os exames dos pacientes foram encaminhados à Fundação Ezequiel Dias para chegar ao diagnóstico correto. O Secretário de Saúde Rafael Caixeta informa ainda que não se sabe o que causou a virose. Ainda conforme Rafael, os casos estão sendo monitorados e já começaram a cair. Ele diz ainda que toda a demanda espontânea de atendimento dentro das unidades básicas de saúde passou a ter prioridade para poder acolher toda a população nas unidades básicas de saúde mais próximas e assim desafogar o pronto atendimento e o pronto socorro do hospital, r...

VEREADOR É PRESO POR EMBRIAGUEZ AO VOLANTE NA ESTRADA DO PAIOLINHO

Um vereador de Poço Fundo acabou preso pela Polícia Militar na rodovia AMG 1555, estrada que liga a rodovia MG 179 ao Distrito do Paiolinho, no último sábado (26). Segundo o que está relatado em boletim de ocorrência, Wagner de Souza Alves, o Waguinho, dirigia sob influência de bebida alcoólica, por pouco não provocou acidentes e ainda teria desacatado os agentes que o abordaram. A notícia da prisão já havia tomado conta das redes sociais durante o fim de semana, mas a apuração feita por nossa reportagem só obteve as informações oficiais nesta segunda-feira (28). De acordo com o boletim, uma guarnição que fazia patrulhamento de rotina pela MG 179 visualizou uma Picape de cor branca ziguezagueando pela pista. Sinais sonoros e luminosos, até mesmo a buzina da viatura, foram acionados para que o condutor parasse o veículo, mas em resposta os policiais ouviram xingamentos. Ainda segundo a corporação, por pelo menos duas vezes quase ocorreu colisão com outros veículos, pois em diversas curv...

POLÍCIA CIVIL CONCLUI INQUÉRITO E INDICIA MULHER POR ÁUDIO PRECONCEITUOSO EM POÇO FUNDO

A PCMG, por meio da Delegacia de Poço Fundo, nesta quinta-feira (31), concluiu as investigações sobre áudio com conteúdo racista/preconceituoso que circulou nas redes sociais envolvendo munícipes. Na ocasião da divulgação do áudio, o mesmo ganhou grande repercussão, inclusive fora objeto de reportagem jornalística de nível regional. As investigações resultaram na identificação da autora do áudio, mulher de 45 anos, e em seu indiciamento como incursa no crime de injúria racial, previsto no art.2°-A da Lei 7716/89, cuja pena prevista é de 02 a 05 anos de reclusão e multa.  A apuração também indicou possível configuração do crime de injúria preconceituosa relacionada à procedência nacional praticada por intermédio de meio de comunicação social, previsto no art.20, §2°, da mesma Legislação. O Inquérito Policial foi enviado à apreciação do Ministério Público e do Poder Judiciário.  *Informações da Polícia Civil de Poço Fundo