A Justiça de Minas Gerais determinou que uma mulher de 42 anos, acusada de matar um homem que estaria assediando sua filha de 12 anos, vá para prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. O crime foi cometido na última sexta-feira (11).
Segundo a Polícia, a mãe confessou ter assassinado o homem, com quem mantinha um relacionamento esporádico. Ela afirmou que a motivação seria um assédio que ele estaria promovendo contra a filha dela.
O homicídio chamou a atenção pelos detalhes levantados pela investigação. Segundo a Polícia Militar, uma denúncia chegou à corporação dando conta de que duas pessoas teriam sido vistas quando jogavam um corpo numa área de mata fechada, na zona leste de Belo Horizonte. Os militares foram ao local e encontraram um cadáver carbonizado e com um detalhe: o órgão genital da vítima havia sido cortado e colocado em sua boca.
Os autores da ocultação, no entanto, cometeram um erro: deixaram um rastro de sangue para trás, que ao ser seguido pela guarnição levou à casa da autora. Ela confessou o crime e foi presa em flagrante.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher afirmou que mantinha um relacionamento esporádico com o homem, que tinha 47, e que havia descoberto, ao ver mensagens enviadas à sua filha, que ele assediava a menina. Então, ela resolveu fingir que não sabia de nada e em um encontro em sua residência, após vê-lo "alisando" o corpo da garota, "batizou" a bebida da vítima com tranquilizante enquanto mantinham relações sexuais. Ele "apagou" e, aproveitando-se disso, ela desferiu várias facadas e pauladas, inclusive na cabeça, contra ele.
Para a ocultação, ela contou com a ajuda de um adolescente. A dupla levou o morto para uma área de mata e lá, por ordem dela, o garoto cortou o pênis do homem e o colocou na boca do cadáver. Depois, atearam fogo ao corpo.
A criança que teria sido alvo do homem ficou sob cuidados de uma tia, que também confirmou o assédio, mas afirmou que não houve a concretização de abuso sexual. A mãe passou por audiência de custódia e a Justiça determinou que ela ficasse em prisão domiciliar, com as medidas restritivas cabíveis. O adolescente, até o fechamento desta matéria, seguia foragido.
As investigações seguem em andamento.