A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar um possível desvio de merenda escolar em Pratápolis. Imagens de câmeras de segurança de uma escola registraram o que seria o suposto desvio dos alimentos.
Os vídeos mostram uma funcionária da cozinha colocando comida dentro de caixas de papelão no dia 14 de novembro. Ao que parece, elas seriam levadas para a sala dos professores e em seguida para um carro que estava estacionado em frente à escola.
Pouco tempo depois, é possível ver a diretora Ariadne dos Santos entrar no mesmo veículo. Segundo quem fez a denúncia, a mulher flagrada pelas câmeras disse que só estava mudando as carnes para a geladeira da sala dos professores.
A denunciante, que tem a identidade protegida, afirma que a diretora pediu para uma das funcionárias separar a carne e também uns pacotes de leite em pó para ela. Havia chegado mais produtos na escola, e como seria feriado, deixou para fazer a merenda apenas o suficiente para os quatro dias restantes da semana, e boa parte das caixas foi parar no carro da diretora.
Após denúncia feita para a Superintendência Regional de Ensino, os funcionários teriam começado a sofrer retaliações. Segundo a servidora, a diretora promoveu rebaixamento de cargos, cancelou outros, aumentou o trabalho de alguns. "Ela consegue humilhar as pessoas", diz.
A Polícia Civil de Pratápolis já abriu um inquérito para investigar os fatos apontados. O delegado que comanda as investigações já está com as imagens de câmeras de segurança. Assim que for concluído, o inquérito vai ser encaminhado para o Ministério Público da cidade.
A diretora da Escola Estadual Coronel Neca Lemos, Ariadne dos Santos, diz que tudo já foi esclarecido com a Superintendência Regional de Ensino e que não pode se manifestar sobre o assunto.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado disse que está acompanhando de perto o caso e aguarda a conclusão das investigações conduzidas pelos órgãos competentes.