Virou tema das principais matérias dos órgãos de imprensa, blogs, sites e redes sociais nacionais e internacionais: MC Poze do Rodo, cantor de funk de 26 anos, foi preso nesta quinta (29) pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Rio de Janeiro, acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e apologia ao crime.
A Justiça manteve sua prisão temporária por 30 dias. Segundo a polícia, as letras e shows do funkeiro exaltam o Comando Vermelho e promovem a chamada “narcocultura”, com eventos realizados em áreas dominadas pela facção e na presença de traficantes armados.
E então surgiram vários questionamentos. Dentre eles, até onde o fato de se fazer uma letra de música, ou cantá-la, falando sobre o crime, pode levar uma pessoa a ser processada ou até presa (como foi o caso) por incitação ao crime? E porque outros tipos de ações, que podem induzir adolescentes a vícios, suicídio, bulliyng e outros problemas não tem a mesma resposta que um cantor de funk da periferia?
Em matéria do InfoMoney, pesquisadores destacam que o funk retrata a vida cotidiana e que a criminalização da cultura periférica é antiga, ressaltando que mudar o conteúdo das letras depende de mudanças sociais nas comunidades. Assista: