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POLICIA CIVIL PRENDE JOVEM POR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E POR SUSPEITA DE VENDA DE ABORTIVOS


A Polícia Civil de Poço Fundo cumpriu, na manhã desta quarta-feira (30), um mandado de prisão e outro de busca e apreensão em uma residência do bairro São José (Canto). O alvo era Marcelo Augusto de Carvalho (26 anos), que teve a prisão preventiva decretada por reiterada prática de violência doméstica. O jovem também é investigado por suspeita de venda de remédios abortivos.

A ação policial foi desencadeada logo no início da manhã. O suspeito tentou escapar da abordagem, mas graças a um cerco bem montado foi contido e ouviu voz de prisão.

Durante buscas na casa, um computador, um simulacro de pistola, uma cartela de estimulante sexual, um celular e pelo menos R$ 3.500 em dinheiro foram apreendidos. Segundo o delegado Eder Neves, a busca por armas foi feita porque a vítima das agressões afirmava que recebia ameaças de morte. "Ela dizia que Marcelo já chegou a afirmar que iria lhe dar um tiro".

O restante do material recolhido tem relação com a outra investigação, a de tráfico, envolvendo a venda de remédios abortivos. "De acordo com apurações feitas por esta delegacia, Marcelo estaria vendendo remédios de uso controlado e proibidos, como por exemplo o conhecido citotec, comumente utilizado para provocar aborto. Nesta busca, encontramos uma cartela de remédio que não está na lista de entorpecentes, um estimulante sexual, mas também havia documentos ligados à venda do abortivo. Por isso, o computador do suspeito também foi apreendido, para melhores levantamentos. Aproveitamos aqui para pedir à população que colabore com esta investigação, repassando, pelo telefone (35) 3283-1236, informações sobre possíveis compradores ou compradoras deste tipo de produto, pois isso pode ajudar, e muito, os nossos trabalhos", afirma o delegado.

O rapaz foi levado para a sede da Polícia Civil de Poço Fundo, onde foi ouvido já acompanhado por seu advogado. Após as providências de praxe, seguiu para o Presídio de Machado, onde agora está à disposição da Justiça.

EM DEFESA DA MULHER

Questionado pela reportagem do Infosul Notícias quanto à demanda de casos de violência doméstica em Poço Fundo, o chefe da Polícia Civil gimirinense afirmou que há uma certa constância em relação a denúncias e inquéritos, mas enfatizou que a Delegacia local não mede esforços para proteger a vítima. "Quando somos acionados, imediatamente começamos as apurações e a buscar meios de defender a mulher que sofre com as agressões de seu companheiro, marido ou namorado. Isso pode se dar por meio de medidas protetivas, sempre prontamente concedidas pelo Poder Judiciário quando solicitado, chegando, se for o caso, ao pedido de prisão, para manter o agressor afastado de sua vítima. Foi o que aconteceu nesta situação, em que Marcelo insistia em agredir sua esposa, mesmo após ser alvo de outros atos inibitórios. Vale lembrar que, em 15 dias, este foi o segundo caso em que precisamos pedir a prisão preventiva do investigado, e faremos isso sempre que for necessário", afirma o delegado.

Dr. Eder também fez questão de citar uma característica muito comum entre as vitimas de violência doméstica em todo o país, e que não é diferente em Poço Fundo: a total subjugação da mulher. "A vítima é tratada como um objeto pelo homem, e muitas vezes fica tão subjugada que prefere se calar, não denunciar ou ainda prefere que não sejam tomadas providências. No entanto, é preciso ressaltar que, desde 2006, em alguns casos as autoridades não precisam da manifestação da vontade da vítima para tomarem providências, como no caso de lesão corporal ou de repetida desobediência a medidas protetivas, por exemplo. Assim, a Polícia e a Justiça tratam de cuidar do bem estar desta pessoa, mesmo que ela não manifeste esse desejo, por razões econômicas, religiosas ou familiares".






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