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| Jovem. desferiu uma pedrada na vítima, já desmaiada |
O caso chamou bastante a atenção de toda a região após um vídeo gravado pelas câmeras de segurança de um estabelecimento daquela área viralizar em redes sociais. As cenas, fortes, mostram quando Guilherme e outras duas pessoas perseguem e atacam Miller com várias pauladas enquanto ele estava caído. Depois, na mesma gravação, se vê claramente quando o rapaz pega um bloquete, que seria utilizado na reforma do calçamento de uma rua próxima, e o atira violentamente contra a cabeça do desafeto.
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| Miller continua internado no Hospital Alzira Velano |
No boletim de ocorrência, o jovem não é identificado como autor da agressão, e sim como uma das vítimas da briga, pois apresentava um corte no braço, causado por uma facada que ele afirmava não saber quem tinha desferido. No entanto, nas investigações conduzidas pela Delegacia de Poço Fundo, sob comando do delegado Eder Neves, apurou-se que tudo teria começado com um desentendimento anterior, ocorrido em um bar. "Houve uma confusão envolvendo Guilherme, um menor e outro rapaz. Pelo que pudemos averiguar, enquanto o parente de um dos envolvidos tentava conversar com o jovem, Miler teria chegado de repente e tentado desferir uma facada contra o rosto dele. Num movimento de defesa, o seu braço foi atingido, e então deu-se início à perseguição que culminou nos atos gravados por aquelas câmeras. Nós já havíamos conseguido outras imagens, que mostram a vítima pegando algumas pedras e querendo enfrentar o grupo, mas claramente a atitude não lhe foi nada favorável".
Ainda de acordo com o delegado, o resultado das investigações remetem a uma reação movida por violenta emoção, mas também a um excesso que não se pode admitir. "Sem dúvida, a perseguição à vítima aconteceu por conta do ataque que ele desferiu contra o autor. O problema é que a forma como se deu a "resposta" à agressão, podemos dizer, foi muito exacerbada. As cenas foram mesmo muito violentas, gerou na população uma intranquilidade total, uma sensação de insegurança pública e, se não déssemos alguma resposta, tudo poderia gerar a falsa convicção de que o Estado simplesmente aceita fatos do gênero como algo "normal", quando nada daquilo poderia ser tratado de tal forma. Por isso, fizemos o pedido de prisão preventiva deste rapaz, que pode ser indiciado até mesmo por tentativa de homicídio. Os outros envolvidos, já qualificados, também serão alvos de indiciamento, de acordo com o grau de participação de cada um".
Dr. Eder fez questão de reafirmar a posição da Delegacia de Poço Fundo com relação a casos como este, que assustam a população e causam, de fato, muito medo no seio da sociedade. "Independente de quem seja o alvo do ataque, mesmo com o passado que tem, a Polícia Civil jamais vai admitir que fatos como esse fiquem sem resposta. Sabemos que onde há consumo de bebida alcoólica em excesso, ou em festas como, por exemplo, o Carnaval, é muito comum que ocorram brigas, confusões, agressões. No entanto, de nossa parte, podemos garantir que todo e qualquer envolvido em atos deste tipo serão alvos do que determina a Lei, não importa quem seja a vítima ou quem seja o autor".
O jovem foi levado para o Presídio de Machado, onde agora se encontra à disposição da Justiça.