TJMG DEFINE 26 ANOS DE PRISÃO PARA ASSASSINO DE TAXISTA DE SERRANIA


Após análise de recurso pelo TJMG, Ricardo Rodrigues da Silva, de 26 anos, um dos autores do latrocínio que vitimou o taxista de Serrania, Ademar Teodoro de Lima (53 anos) em mais de 2011, acabou sendo condenado a 26 anos de prisão em regime inicialmente fechado. São quatro anos a menos que a condenação fixada em primeira instância, que era de 30 anos. A mulher de Ricardo, que também participou do crime, responde processo separadamente. Um irmão dele morreu em um acidente com o táxi da vítima durante a fuga após o assassinato.
O desembargador Adilson Lamounier, responsável pela análise o recurso, destacou que as provas do processo não deixam dúvida do envolvimento direto do réu no caso. Ricardo e o irmão tinham desavença com o taxista e por isso o homicídio também pode ter sido cometido por vingança. No entanto, o magistrado considerou que os antecedentes e a personalidade do réu não poderiam ser desfavoráveis a ele. Assim, decidiu reduzir a pena para 26 anos de reclusão em regime fechado.
No recurso apresentado à Justiça, Ricardo afirmou ter participado apenas do roubo ao taxista e que contribuiu apenas indiretamente com a morte da vítima. Porém, o desembargador considerou que a participação do rapaz em toda a ação era evidente. À polícia, ele teria dito que seu irmão (o que morreu) executou o crime e ele apenas amarrou Ademar a um pé de café. Já à Justiça ele negou participação no assalto e na execução. Além disso, dinheiro e celulares da vítima foram apreendidos com Ricardo no ato de sua prisão.

Mataram e foram beber

O taxista Ademar de Lima desapareceu na noite de 8 de maio de 2011, um domingo, em Serrania. Seu corpo foi localizado na madrugada da segunda-feira (9 de maio) em uma estrada vicinal de Campestre. A perícia constatou que a vítima foi apedrejada na cabeça até a morte e em seguida foi incendiada.
O crime foi rapidamente esclarecido, pois os autores, que fugiram com o carro do taxista, sofreram um acidente. Depois de consumar o latrocínio, Ricardo, o irmão Antônio da Silva e a mulher Silvia Miguel Goulart (hoje com 23 anos), foram a um bar, onde consumiram bebidas alcoólicas. Depois disso, seguiram pela LMG 880, onde Antônio, que conduzia o veículo, perdeu o controle da direção e caiu em um açude. Ele morreu, mas Ricardo e a mulher escaparam com vida.
Quando a polícia de Campestre chegou ao açude e percebeu que o veículo tinha placa de Serrania, contataram os colegas de lá e descobriram que ele era de um taxista desaparecido. Foi então que o crime foi elucidado. Ricardo e Silvia foram presos em flagrante.