
O desembargador Adilson Lamounier, responsável pela análise o recurso, destacou que as provas do processo não deixam dúvida do envolvimento direto do réu no caso. Ricardo e o irmão tinham desavença com o taxista e por isso o homicídio também pode ter sido cometido por vingança. No entanto, o magistrado considerou que os antecedentes e a personalidade do réu não poderiam ser desfavoráveis a ele. Assim, decidiu reduzir a pena para 26 anos de reclusão em regime fechado.
No recurso apresentado à Justiça, Ricardo afirmou ter participado apenas do roubo ao taxista e que contribuiu apenas indiretamente com a morte da vítima. Porém, o desembargador considerou que a participação do rapaz em toda a ação era evidente. À polícia, ele teria dito que seu irmão (o que morreu) executou o crime e ele apenas amarrou Ademar a um pé de café. Já à Justiça ele negou participação no assalto e na execução. Além disso, dinheiro e celulares da vítima foram apreendidos com Ricardo no ato de sua prisão.
Mataram e foram beber

O crime foi rapidamente esclarecido, pois os autores, que fugiram com o carro do taxista, sofreram um acidente. Depois de consumar o latrocínio, Ricardo, o irmão Antônio da Silva e a mulher Silvia Miguel Goulart (hoje com 23 anos), foram a um bar, onde consumiram bebidas alcoólicas. Depois disso, seguiram pela LMG 880, onde Antônio, que conduzia o veículo, perdeu o controle da direção e caiu em um açude. Ele morreu, mas Ricardo e a mulher escaparam com vida.
Quando a polícia de Campestre chegou ao açude e percebeu que o veículo tinha placa de Serrania, contataram os colegas de lá e descobriram que ele era de um taxista desaparecido. Foi então que o crime foi elucidado. Ricardo e Silvia foram presos em flagrante.