A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quinta-feira (20) autorizar a aplicação da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos. No entanto, vetou o uso em pessoas com baixa imunidade. Ou seja, além da idade ser um pouco diferente da recomendada para a vacina da Pfizer, não poderão tomar esta vacina os que estejam nos seguintes grupos:
- Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
- Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;
- Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
- Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
- Pessoas com neoplasias hematológicas, como leucemias, linfomas e síndromes mielodisplásicas;
- Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.
- Não há informações sobre efeitos adversos nestes casos, mas a Anvisa considera que, por se tratar de crianças, o fato de serem imunossuprimidas requer um cuidado muito amplo.
Importante citar que não se trata de pessoas com comorbidades (embora uma pessoa possa ter doenças pré-existentes junto com alguma doença imunossupressora), e que não pode tomar a vacina do Butantan poderá tomar da Pfizer.
Como será a aplicação?
O esquema vacinal para crianças é o mesmo recomendado para os adultos: duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias. A vacina será a mesma já aplicada na população em geral (no caso da Pfizer, primeira autorizada para crianças, há uma formulação diferente para as crianças).
Por que 6 a 17 anos?
Porque segundo a Anvisa são os dados que se têm com maior informação e maior sugestão de desempenho. Esses dados são do Chile, dos estudos de efetividade daquele país. Isso também é corroborado pelos pareceres das sociedades médicas, segundo o gerente de medicamentos Gustavo Mendes.
De acordo com o que foi apurado até o momento, o Instituto Butantan já teria pelo menos 15 milhões de doses da CoronaVac disponíveis. Resta saber se o Governo Federal irá agilizar a compra e a distribuição do imunizante a todos os estados, aumentando assim a velocidade de vacinação dos pequenos.
Vale lembrar que a vacina da Pfizer já está sendo aplicada, primeiramente em crianças com comorbidades ou deficiência permanente.