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| Equipe da Secretaria de Meio Ambiente já perdeu a conta de quantas vezes retira o lixo jogado em área proibida, na beira do rio Machadinho. |
Quando se fala em conscientização, alguns fatores são levados em consideração. Dentre eles está a falta de informação (espera-se que ao ter os dados necessários as pessoas ajam da forma correta), o desejo de colaborar pelo bem comum (senso de comunidade) e a certeza de que as pessoas sempre querem agir de forma responsável (às vezes precisando apenas de motivação). No entanto, há casos em que mesmo com todos estes fatores cobertos, a ação esperada não se torna realidade.
É a situação das pessoas que insistem em jogar lixo onde não se deve, e um destes locais é a estrada da Ponte Azul, sempre alvo de sujões compulsivos, mesmo diante de vários pedidos, reclamações e até revolta de moradores e comerciantes da área. O problema já vem de longa data, passando por várias administrações, e parece não ter solução. Neste caso, talvez, a alternativa seja partir para um outro fator: o da punição como forma de contenção. Para isso, é preciso contar com o apoio da população, com denúncias, e é nisto que aposta agora a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
A estrada e a própria ponte servem como depósito de lixo para sujismundos mesmo quando se instala espaços específicos para o despejo, quando se orienta a trazer o lixo para a cidade, deixando em pontos de coleta, e até quando se alerta para a proibição desta prática em pontos específicos. E é material de todo tipo: orgânico (restos de limpeza de jardim, talos de fumo, restos de comida), vidro, papelão, madeira, entulho, fraldas descartáveis, detritos de banheiro, produtos claramente descartados por estabelecimentos comerciais (garrafas de bebidas vazias, alimento vencido, etc...) e até animais mortos.
E não são sujões esporádicos. Segundo moradores, se vê inclusive carros com carretinhas levando lixo para a área repetidamente (alguns semanalmente, outros até diariamente). "Teve um dia que um carro parou a poucos metros de mim e o cara já ia retirando o lixo da carretinha pra jogar na beira da estrada, e bem perto do rio. Gritei pra ele não fazer isso na hora! Ele se assustou, entrou no carro e saiu, mas com certeza jogou mais pra frente", disse um comerciante.
A Secretaria de Meio Ambiente faz limpezas periódicas, muitas vezes enchendo a caminhonete utilizada em seus trabalhos, e ainda tenta convencer as pessoas a não cometerem este que pode ser considerado um crime ambiental, mas já percebeu que isto é como dar murro em ponta de faca. Por isso, está convocando a população, especialmente quem faz caminhadas por aquele setor, aos comerciantes e moradores, que fiquem atentos e denunciem qualquer pessoa que despeje detritos, sejam eles quem forem. "Todo mundo hoje em dia tem um celular com câmera, e com ótima qualidade. Não custa nada tirar um foto, fazer um vídeo, anotar a placa do carro do infrator e entrar em contato conosco. Há punições previstas! Só precisamos de identificação e provas do crime cometido", diz o secretário de Meio Ambiente Leonardo Dias.
Para denunciar atos do gênero, entre em contato pelo telefone/wathsapp (35) 98879-6972, ou envie para nossa equipe de reportagem, pelo wathsapp (35) 99207-0828, que as informações serão passadas aos órgãos responsáveis. Em ambos os casos, sua identidade será mantida em total sigilo.
