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POLICIAL MILITAR LICENCIADO É ACUSADO DE AGREDIR MÉDICA POR CAUSA DE UMA FOTO

Um policial militar, seu primo e outras quatro pessoas são acusadas de agredir um casal e de ter provocado sérias lesões numa das vítimas, uma médica do serviço público municipal de Poço Fundo. A profissional de saúde sofreu fratura na clavícula, lesão no fêmur e escoriações, e seu marido também teve que ser medicado. O fato gerou revolta na comunidade, pelo fato de se tratar de uma agressão à mulher e ainda porque envolve um membro das forças de segurança do município.

De acordo com relatos de familiares das vítimas, minutos antes da confusão a irmã da médica havia passado em frente à casa do policial, no bairro do Liliu, após comemorar o aniversário de um primo. O carro do militar estaria estacionado de forma irregular, e havia outro veículo praticamente impedindo a passagem. Por isso, acabou por ocorrer um toque entre os carros. O policial foi chamado para ser informado do que havia acontecido e a situação parecia ter sido contornada.

No entanto, ao passar pelo local, o casal resolveu fazer fotos do carro atingido. Foi neste momento que o policial e seu primo teriam saído da casa e passado a ameaçar os dois. A primeira a ser agredida foi a médica, que foi empurrada, caiu ao solo e recebeu socos e pontapés dos primos, além de golpes com uma muleta (o PM licenciado se recupera de uma fratura no pé). O marido dela, que havia saído do carro, passou a ser atacado por outras quatro pessoas, que estariam numa festa na casa do PM licenciado. O grupo só parou com o ataque quando vizinhos, que ouviram o barulho da confusão, saíram e começaram a gritar que chamariam a polícia.

O casal foi levado à sede do Pelotão PM de Poço Fundo, onde foi dado início ao boletim de ocorrência, e os dois principais agressores foram detidos. A médica e seu marido foram depois colocados em uma ambulância e levados para o Hospital Alzira Velano, onde foram medicados e já receberam alta. A fratura na clavícula da mulher foi confirmada, e ela ainda sente muitas dores, segundo seus parentes.

Tentamos contato com a Polícia Militar, e ainda não há um posicionamento oficial do comando, mas já nos anteciparam que todas as providências cabíveis para a apuração dos fatos e possíveis sanções aos envolvidos estão em andamento. O policial militar e seu primo foram presos e encaminhados para a Delegacia Regional de Alfenas, onde seriam tomadas as demais providências.

Ainda de acordo com o que foi levantado preliminarmente, o comando da PM local deverá divulgar nota oficial sobre o tema em breve.

Em tempo: Após publicação desta nota, conseguimos mais informações sobre o caso. Primeiro uma correção: o outro envolvido na confusão não era irmão do policial e sim primo (devidamente corrigido no texto). Também conseguimos, de forma exclusiva, a versão dos outros envolvidos.

Segundo o que relatam os acusados, eles é que teriam sido agredidos primeiro, e tudo teria acontecido por causa da colisão com o veículo do PM, que teria se dado porque a irmã da médica estaria embriagada (embora a questão do estacionamento irregular não tenha sido negada). O acidente teria sido contornado, mas então a profissional de saúde teria chegado e começado a tirar fotos, proferindo impropérios, juntamente com seu marido. 

Ainda segundo versão dos detidos, quem teria começado a agredir seria o marido da médica, e o policial teria tentado intervir, quando caiu, e as outras pessoas foram ajudá-lo, então começando a confusão de fato. Afirmam ainda que a mulher que se feriu teria escorregado sozinha, e não empurrada.

No entanto, não há informações se a citada embriaguez dos indicados como vítimas (embora no BO todos são colocados como autores) foi confirmada pela Polícia Militar ou no hospital onde foram todos atendidos. A irmã da médica não foi encontrada pela guarnição, e a parte de trânsito foi encerrada no local.

Todos estes fatos serão devidamente apurados, e aguardamos o resultado destas investigações.





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