Aconteceu em Carrancas! Um homem suspeito de ter causado um incêndio de grandes proporções recebeu uma multa de quase R$ 11 milhões na última quinta-feira (14). Os danos atingiram 1.379,5 hectares de vegetação em setembro.
Foi uma investigação criteriosa. A Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) usou um drone, levantou dados georreferenciados e conversou com testemunhas para identificar que o incêndio teve início em uma propriedade. Assim, o provável autor confirmou que costuma atear fogo no local.
"A Polícia Militar sempre orienta que, no Estado de Minas Gerais, o uso do fogo é proibido pelo Código Florestal Estadual. De maneira que, quando for necessário a queimada para a questão agrícola, apenas se houver a autorização do órgão ambiental", destacou o comandante da PMMA, Renan dos Santos.
A polícia lavrou um auto de infração no valor de R$ 10.928.979, referentes a dois milhões e setenta mil Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (UFEMGS). O crime está previsto no Artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais.
"Cada hectare corresponde a aproximadamente um campo de futebol. Dessa maneira, como o valor da multa é proporcional à área queimada, foi estipulado um valor, que é tabelado pelo estado, de aproximadamente R$ 11 milhões, além da questão referente à aplicação do crime, que é previsto na lei 9.605", explica o comandante.
O fato foi encaminhado ao Ministério Público de Itumirim e à Autoridade Policial Competente. Segundo a polícia, o agricultor deve responder em liberdade pelo crime.
Como tudo aconteceu
No fim de setembro, a Polícia Militar de Minas Gerais foi acionada para um incêndio florestal de grandes proporções em Carrancas (MG). A queimada durou cinco dias.
As chamas foram combatidas pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais em conjunto com a Brigada Voluntária Lobo Guará. A polícia suspeitou de ação humana e deu início a investigações.
As chamas chegaram a diversas propriedades, prejudicando áreas de vegetação nativa e fauna local.