Foram cinco meses de investigação. Um inquérito demorado, sim, mas minucioso e que chegou a uma conclusão aterradora: a própria filha e seu marido foram os principais responsáveis pelo assassinato de uma mulher de 57 anos em março deste ano em Curvelo, na região central de Minas Gerais. Os dois foram indiciados pelo crime, com outras três pessoas e uma adolescente, que foi apreendida conforme manda a Lei.
A vítima, uma senhora que deveria receber da filha um cuidado especial e proteção, por ser uma pessoa vulnerável, com deficiência cognitiva, e nesta condição depender dos familiares para cuidados diários, foi morta de forma cruel. Quando o corpo foi encontrado, em abril, logo de cara já perceberam que ela havia sido asfixiada, com um lenço fortemente amarrado ao pescoço. A pobre senhora só usava um suéter quando foi simplesmente jogada às margens de um córrego na zona rural do município e seu cadáver só foi descoberto quando já estava em decomposição.
A Polícia Civil logo começou a apurar o que teria acontecido, e descobriu que o feminicídio ocorreu na casa da vítima, e que algumas pessoas teriam visto quando o casal, sua filha e o genro, colocavam o corpo em um carro. Bastaram as análises de registros de pedágio e dados telefônicos para confirmar que o trajeto seguido foi o que levou ao córrego. O detalhe é que a dupla ainda teria tentado ocultar o ato de maldade com uma ocorrência de desaparecimento.
O motivo? Dinheiro. Os assassinos estavam interessados em valores de um empréstimo consignado refinanciado. Usariam a grana e nem precisariam pagar, porque a consignação estava em nome da falecida.
Não foram repassados mais detalhes sobre os outros envolvidos e envolvidas, mas todos vão responder pelos crimes de feminicídio majorado e ocultação de cadáver.
A Polícia Civil trabalha em silencia, e quando faz barulho é porque chegou ao resultado que não pode deixar dúvidas. E tudo o que foi apurado e fechado no inquérito agora está nas mãos do Ministério Público, que decide sobre a denúncia ou não dos envolvidos à Justiça.
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