Embora já tenhamos um Dia Nacional do Gari, 16 de maio, o dia 11 de agosto também pode se transformar em data de homenagens a estes e estas profissionais tão importantes, mas na capital mineira. Um projeto de lei foi apresentado na Câmara Municipal pelo vereador Bruno Pedralva (PT), quer transformar a data do assassinato de Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, no Dia do Gari em Belo Horizonte, uma forma de prestar tributo a ele e a seus colegas no município.
Laudemir foi baleado por Renê da Silva Nogueira Júnior, que se apresentava como empresário e era marido de uma delegada, quando trabalhava na manhã daquele dia. O assassino confesso do trabalhador, casado com a delegada Ana Paula Lamego Balbino, estava no carro da mulher quando simplesmente "se estressou" com o caminhão de coleta de lixo na rua por onde queria passar, ameaçou a motorista e atirou contra o gari.
O autor da proposta afirma que ela busca preencher uma lacuna história no reconhecimento público desta categoria profissional, que é um pilar fundamental para várias áreas: a salubridade, a saúde pública e até mesmo a dignidade da vida urbana na capital do estado. “Estes profissionais são os guardiões incessantes da higiene e da ordem pública. Sua atuação, frequentemente exercida em condições adversas e horários antissociais, é condição sinequanon para o funcionamento da cidade e o bem-estar de todos os belo-horizontinos. Eles constituem a primeira barreira de defesa contra zoonoses, a poluição ambiental e visual, garantindo que nossos logradouros, vias públicas e equipamentos comunitários estejam em condições dignas de uso e fruição”, explicou em entrevista ao Caderno Cidades, de "O Tempo".
Mas o parlamentar quer que o dia seja mais que uma data comemorativa, pois, segundo ele, isso ultrapassa o simbolismo e assume caráter “urgente de justiça, valorização e reparação”. O edil considera que a proposta é uma resposta legislativa a um grave episódio que maculou a cidade. Bruno afirma que a morte de Laudemir não é um evento isolado, mas um sintoma grave da invisibilidade, da vulnerabilidade e da falta de proteção às quais estão submetidos esses trabalhadores essenciais.
Após a apresentação, o projeto será avaliado pela Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) e, caso seja aprovado, será encaminhada para sanção ou veto do prefeito Álvaro Damião (UB).
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