Não é novidade pra ninguém: Quando chega a época da "panha" de café, alguns setores da economia sul-mineira, principalmente dos municípios com maior produção do grão, perdem trabalhadores para a lavoura. É o que tem acontecido neste período de 2025, principalmente agora que o "ouro verde" está realmente com preços atrativos.
Segundo matéria recente da EPTV, um dos setores mais afetados é o da construção civil.
Profissionais como pedreiros e serventes optam por trocar as massas e tijolos pela derriça, à mão ou com máquinas, para garantir uma renda maior. E olha que a diária de um pedreiro é uma das melhores do setor, mas a maioria dos que vão pra roça atuam como empregados de construtoras. Com isso, tem vários empreendimentos na região estão parados.
Segundo alguns trabalhadores ouvidos pela emissora, o ganho na colheita chega a ser 25% maior que da obra, mesmo sendo uma rotina um pouco mais cansativa.
Mas não é só este o setor atingido. Gente que trabalha no comércio, ou diaristas que atuam por conta própria, seja em empresas ou residências, também preferem encarar os panos e as peneiras em razão dos valores que conseguem ganhar. Até empregadas domésticas avisam com antecedência seus patrões, que passam um bom tempo sem seus serviços.
Alguns dos que dependem do serviço ora suprimidos tentam compensar a falta de mão de obra, substituindo quem vai pra plantação por quem prefere trabalhar na cidade, mesmo recebendo menos. Outros oferecem vantagens para segurar o operário ou empregado, e há quem simplesmente prefira esperar pelo fim deste período para retomar suas atividades.
As construtoras já sabem que enquanto não encerrar a safra, não tem obra que ande, e já estão até conformadas com a situação. E muitos outros patrões também.
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