PERDAS NO CAFÉ COM O GRANIZO? AJA RÁPIDO PARA MINIMIZAR OS PREJUÍZOS

A forte chuva de granizo que atingiu as lavouras de café do Sul de Minas na última sexta-feira (25) deixou um rastro de destruição, e agora é hora de os agricultores correrem contra o tempo. Enquanto a Fundação ProCafé ainda avalia a extensão dos danos, especialistas alertam: a demora em documentar as perdas pode significar prejuízos ainda maiores.

Apesar de a umidade trazida pela chuva poder antecipar a primeira florada da próxima safra – um efeito positivo em meio ao caos –, os estragos causados pelo granizo vão além do campo. Vinícius Barquete, advogado especialista em agronegócio, reforça que os produtores precisam agir imediatamente para garantir direitos em seguros agrícolas, crédito rural e contratos de venda futura.

A documentação é a chave. O primeiro passo é registrar os danos antes de qualquer intervenção na lavoura, mesmo que esteja no auge da colheita. "O produtor precisa, o quanto antes, acionar um agrônomo ou engenheiro para elaborar laudos técnicos. Fotografar as áreas afetadas e iniciar o processo já nesta segunda-feira (28) é fundamental", explica Barquete.

O prazo é curto, e a burocracia, exigente. Seguradoras e bancos demandam provas detalhadas do impacto do granizo no momento exato do evento. Se o laudo demorar, um profissional deve atestar as condições da lavoura imediatamente após o temporal. Sem essa documentação, renegociar dívidas, prorrogar prazos ou acionar seguros pode se tornar inviável.

A Fundação ProCafé promete orientar os produtores sobre as melhores práticas pós-granizo, mas o recado é claro: quem perdeu parte da safra não pode esperar. O momento é de agilidade – cada hora perdida pode significar menos recursos para recuperar o que o tempo levou.

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