Num belo trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 1.400 aves silvestres que eram transportadas de forma ilegal e em condições de maus-tratos foram resgatadas nessa quinta-feira (31/7), na BR-040, em Sete Lagoas. De acordo com a corporação, infelizmente, cerca de 30 aves já estavam mortas.
Os pássaros estavam em pequenas gaiolas empilhadas no compartimento de carga de um veículo, sem ventilação adequada, acesso à água ou alimento. Além disso, os bandidos que os transportavam ainda usavam caixas de som ligadas em alto volume, para abafar o barulho que as aves naturalmente faziam por estarem presas. Além da morte de 30 delas, foi constatado que o restante apresentava sinais de estresse e debilitação.
Dois homens, de 30 e 49 anos, eram os responsáveis pelo transporte, feito desta forma cruel. Eles afirmaram ter adquirido os animais em Montes Claros, no Norte de Minas e que pretendiam revendê-los em feiras de Guarulhos, em São Paulo. Apesar da gravidade do fato e o flagrante de crime de maus-tratos cometidos pela dupla, os dois apenas assinaram um Termo de Compromisso para comparecimento à Justiça, coisa que, geralmente, quem comete este tipo de atrocidade não respeita.
Isso aconteceu porque a ocorrência foi registrada com base na Lei Ambiental, e portanto o que ambos cometeram foi crime ambiental, envolvendo captura e comércio ilegal de fauna silvestre, além dos maus-tratos a animais. É diferente de outra lei, mais recente, que aumenta a pena para maus-tratos a cães e gatos (uma falha do legislador em não incluir outros bichos).
A PRF acionou o IBAMA, que recolheu os animais e os encaminhou ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em Belo Horizonte. Pelo menos, os autores perderam o veículo, que foi levado para um pátio credenciado da Polícia Civil.
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