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Prisão foi efetuada pela Guarda Civil Municipal, após apuração da Prefeitura de Varginha |
O funcionário de uma empresa de Varginha sabia que as regras da "firma" eram claras quanto ao limite para faltas não justificadas, e mesmo as que tinham explicação poderiam render desconto no salário. Ele não tinha como justificar a sua ausência no trabalho, e queria alguns dias para resolver assuntos que, se tivesse que bater o ponto, não conseguiria.
Então teve uma ideia que parecia "infalível": Passaram para ele a informação de uma servidora pública, lotada numa Unidade de Saúde, poderia lhe "arranjar" um atestado médico, com assinatura e carimbo de uma profissional da área, tudo certinho, para apresentar aos patrões. Entrou em contato com a mulher e conseguiu, por uma quantia em dinheiro, o documento que poderia "livrar sua cara" e impedir até mesmo o seu desligamento.
Quando foi buscar o papel, na terça-feira (12), percebeu que a "boa" ideia não era tão boa assim. Assim que se encontrou com a mulher, se viu cercado por agentes da Guarda Civil do município, que por ordem da Prefeitura estavam monitorando a falsificadora, pois já se sabia, por meio de uma apuração interna, que ela usava o nome, número de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) e carimbo de uma médica para falsificar os documentos e vendê-los sob encomenda. Então, tudo caiu por terra!
E o "esperto" funcionário que caiu nessa roubada ainda teve que acompanhar todo o desenrolar da história, com a apreensão de outros atestados falsos, telefones, cartões bancários, dinheiro em espécie e até o computador da mulher que iria "salvar sua pátria". A falsificador foi levada para exame de Corpo de Delito numa UPA de Varginha e depois encaminhada à Delegacia, onde teria que dar muitas explicações.
A Prefeitura, que precisava dar uma resposta à sociedade, em especial ao patrões que foram enganados com certeza por muitos outros empregados, afirma que a servidora pode até ser demitida após conclusão de uma Processo Administrativo Disciplinar aberto contra ela, e diz que o assunto requer tolerância zero, bem como qualquer ato ilícito de seus funcionários. "Todos serão punidos de acordo com a Lei", diz o Poder Executivo.
Quanto ao comprador do atestado, não há dados sobre o que aconteceu com ele após o flagrante. O que se sabe é que, provavelmente, também responderá por crime de falsificação de documento público, pode pegar uma pena de um a cinco anos de reclusão e, pior, enfrentar o que queria evitar: Demissão por justa causa.
A não ser, claro, que tudo não tenha passado de uma ação coordenada, e ele seja apenas um agente a servico dos investigadores... A conferir!
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