A jovem turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, pode ter morrido quatro dias após escorregar no solo do Monte Rinjani. Segundo cálculos do médico legista responsável pelo caso, a estimativa é que ela tenha falecido na quarta-feira (25), entre uma hora da manhã e uma da tarde no horário local — ou seja, entre a tarde e a noite da última quarta aqui no Brasil.
Segundo a CBN, Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após uma das quedas que sofreu ao longo dos dias. Segundo o médico forense Ida Bagus Alit, os ferimentos provocaram danos extensos e levaram à morte em um curto espaço de tempo. O exame foi realizado no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, para onde o corpo foi levado na quinta-feira (26).
"Encontramos arranhões e escoriações, assim como fraturas no tórax, ombro, coluna e perna. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento", afirmou o especialista em coletiva de imprensa.
Ele descartou a possibilidade de hipotermia, o que poderia indicar que a demora no resgate foi o que causou a morte. Segundo o médico, não havia sinais típicos de quem passa pela condição de hipotermia, como lesões no dedo causadas pelo frio. "A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas", disse.
"Havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral, que geralmente ocorre várias horas ou até vários dias após o trauma. Além disso, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento, o que sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos", explicou.
A morte da jovem tem gerado grande comoção nas redes sociais, com muitos brasileiros e familiares de Juliana acusando o governo da Indonésia de negligência.
Por esse motivo, na mesma coletiva de imprensa, o porta-voz da equipe de resgate do país afirmou novamente e deu mais detalhes sobre a dificuldade da operação na região, principalmente pelo clima instável e repleto de nebulosidade no período.
A equipe de resgate afirma que começou a agir logo após o acionamento, mas que a operação demandava calma e planejamento para ser orquestrada, especialmente para não colocar em risco mais pessoas.
Como mostraram diversas reportagens, especialistas brasileiros confirmam que um resgate em montanha pode, sim, durar dias pela série de obstáculos que podem estar impostos.
Difícil é fazer amigos e a família aceitarem este fato, ao imaginar o quanto esta jovem pode ter sofrido até chegar o momento de sua morte.
Fonte: O Tempo
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