AÇÃO DA POLICIA FEDERAL MIRA EX-PRESIDENTE E ALIADOS
Aliados de primeira ordem do ex-presidente, militares e civis, são os alvos da operação. Foto: Divulgação |
Uma nova Operação da Polícia Federal, A "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", em latim, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (8), dentro do escopo dos atos de 8 de Janeiro de 2023. Por determinação do Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro terá que entregar seu passaporte em até 24 horas e não poderá ter contato com outros alvos da operação. Segundo relatado no Blog de Andréa Sadi (Globo News e G1), a ação foi realizada com base na Delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Na lista de alvos de buscas e apreensões, estão militares e civis. São eles:
- General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
- General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
- Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
- Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
- Ailton Barros, coronel reformado do Exército.
Além disso, também há mandados de prisão em cumprimento, e são alvos destas ordens:
- Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto;
- Major Rafael Martins de Oliveira.
Ainda segundo a Polícia Federal, o Exército foi chamado para acompanhar o cumprimento das ordens contra os militares.
Ao todo, são 33 mandados de busca, 4 prisões preventivas e 48 medidas cautelares, como suspensão do exercício da função pública entrega de passaportes (como a contra Bolsonaro). A operação ocorre em 9 estados no DF (Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás) e no Distrito Federal.
De acordo com a PF, os investigados divulgaram informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro para tentar legitimar uma intervenção militar.
O grupo se dividiu em dividiu em dois eixos.
O primeiro era voltado a construir e propagar informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, apontando "falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação", que continuou mesmo após o resultado da eleição, segundo a PF.
O segundo eixo praticava por sua vez, praticava atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais - os chamados kids preto.
De acordo com as investigações, se confirmadas, as condutas do grupo podem ser enquadradas em crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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