GOVERNO DE MINAS CRIA "BOLSA ACADEMIA"
Minas Gerais vai adotar uma estratégia interessante para combater o sobrepeso de jovens e adolescentes. Começa no mês que vem a valer o "Bolsa Academia", pelo qual jovens mineiros que estão acima do peso poderão ter a prática de atividades físicas custeada pelo governo. Gerido pela a Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com Secretaria de Estado de Esporte e da Juventude (Seej), o projeto “Geração Saúde” quer beneficiar, neste primeiro ano, entre 10 mil e 14 mil adolescentes no estado.
De acordo com a Diretoria de Promoção à Saúde e Agravos não Transmissíveis da SES, um dos motivos da criação do programa foi que atualmente há em Minas Gerais um número considerável de garotos e garotas com sobrepeso. Cerca de 15% dos adolescentes, entre 10 e 19 anos , que foram atendidos em 2012 nas unidades básicas de saúde e pelo Programa Saúde da Família (PSF) apresentaram este problema.
O projeto pretende trazer qualidade de vida a este grupo, além de consolidar hábitos de vida saudável. O foco do “Geração Saúde” é a galera entre 15 e 19 anos.
A “bolsa-academia” será oferecida aos atendidos pelo Programa Saúde da Família (PSF), que estiverem dentro da faixa etária atendida pelo projeto e que tiverem o sobrepeso constado pela equipe de profissionais. Depois de serem encaminhados a uma academia, eles passarão por uma avaliação física, que apontará as atividades físicas mais indicadas para cada caso.
Os jovens poderão praticar atividades variadas, no mínino, três vezes por semana e, no máximo, cinco. A freqüência mínima de 75%, verificada por meio de um sistema de biometria, será obrigatória para que os participantes do projeto continuem a receber o benefício. Os jovens também serão acompanhados por psicólogos e nutricionistas e passarão por reavaliações periódicas.
Para cada aluno frequente, as academias receberão, por mês, o valor de R$ 50. O pagamento será feito diretamente aos estabelecimentos credenciados. O governo feito pelo governo previsto para 2013 é de mais de R$ 10,1 milhões.
Até a última quarta-feira (13), 82 academias já haviam sido aprovadas para atender neste novo programa.
Nos meus tempos de escola...
Quando tive acesso a esta notícia, também me veio uma lembrança. No tempo em que eu estudava na minha querida Escola Estadual Deputado Felicio Tarabay, em Tarabai - SP (a 30 Km de Presidente Prudente), a partir da quinta série (hoje o sexto ano do ensino fundamental) os alunos tinham, obrigatoriamente, que ter pelo menos três aulas de Educação Física por semana. E, devo dizer, o nosso professor Marin "pegava pesado", e por isso mesmo a gente ficava leve.
Logo no começo e no meio do ano letivo, testes físicos nos "colocavam nos eixos" para o restante dos semestres, e além de toda a movimentação decorrente de exercícios que favoreciam desde a elasticidade à força e a velocidade, aprendíamos todos os tipos de esporte, individuais e coletivos. Era puxado, mas valia a pena, pois não me lembro de nenhum garoto da minha época que não tivesse energia de sobra para estudar, brincar e até mesmo trabalhar (já que a maioria ainda tinha que ajudar as suas famílias pobres, nas despesas da casa, muitas vezes conseguindo dinheiro com o próprio suor para comprar o material escolar). E, detalhe interessante, não tínhamos problemas com obesidade ou sobrepeso, pois os "gordinhos" logo estavam tão serelepes quanto os mais magros.
Não critico aqui a idéia de combater este mal que vem atingindo as crianças e jovens de nosso estado e do país, e é louvável a idéia de promover aos mais necessitados a oportunidade que, na maioria das cidades, só quem tem recursos pode ter, o de frequentar uma academia (embora muita gente rica seja atendida nos PSF´s também). Pelo contrário, elogio e boto fé!
No entanto, para mim trata-se de remendo novo em pano velho, pois se hoje há problemas como o citado uma das causas é o erro da eliminação das aulas de Educação Fisica, com professor da área, das escolas públicas. Acredito que ainda há tempo de se corrigir esta falha, trazendo de volta estes profissionais às quadras de nossas instituições, e que isso vai sair muito mais barato aos cofres públicos que os "50 paus" por mês para cada pessoa que entrar na academia.
É apenas o pensamento deste humilde repórter, que da quinta série ao terceiro ano do "segundo grau" fez atividades físicas regularmente, nas quadras das escolas por onde passou, e que dá valor até hoje aos resultados advindos destas aulas.
Toninho Rodrigues