MORTE DA MENINA BIANCA: SÓ LUTO NÃO BASTA!

Uma tragédia tirou a vida de Bianca Zanella, uma criança de 11 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no Cânion Fortaleza, no Rio Grande do Sul, mas aqui queremos dizer que isso não é apenas uma notícia triste: É um alerta urgente. Enquanto o Brasil se preocupa em competir com destinos internacionais, e cobrar destes locais tudo que seja para o bem estar de nós, viajantes, falhamos no básico por aqui: garantir que nossos atrativos turísticos sejam seguros para todos, especialmente para os mais vulneráveis.

O Que Falhou no Cânion Fortaleza?

Ausência de estruturas básicas: Um mirante sem cerca de proteção, onde uma criança conseguiu cair, não é um "acidente". É negligência pura.

Falta de protocolos para pessoas com TEA: Crianças autistas podem ter reações imprevisíveis. Locais turísticos precisam de treinamento e adaptações (como sinalizações claras e áreas de contenção).

Resposta tardia: O resgate demorou 10 horas para encontrar Bianca. Quantos outros lugares não têm sequer um plano de emergência?

Enquanto isso, fecham o parque por um dia "em respeito", mas e depois? Quantas vidas precisam ser perdidas para que a segurança vire prioridade?

O Brasil Precisa Parar de Olhar Só Para Fora

Sempre copiamos modelos de turismo da Europa ou EUA, onde muito já é feito para proteger os turistas, ou em outros países, como a Indonésia, onde estes cuidados não são tão priorizados de fato, mas ignoramos o essencial aqui, em nossa área:

✔ Mirantes seguros (com grades e vidros resistentes, como no Grand Canyon, onde ainda assim acidentes acontecem).

✔ Monitores treinados para lidar com crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais.

✔ Sinalização clara em trilhas e áreas de risco.

Não adianta ter paisagens deslumbrantes se visitantes precisam confiar na sorte para não sofrer acidentes evitáveis.

Bianca merecia mais! Ela não era apenas "uma turista que caiu". Era uma criança com autismo, que precisava de atenção redobrada — e um ambiente que falhou em protegê-la. Quantos outros "Biancas" estão em risco neste momento?

Turismo responsável inclui:

🔹 Estrutura adaptada para todas as idades e condições.

🔹 Fiscalização rigorosa em parques e pontos turísticos.

🔹 Campanhas de conscientização sobre riscos reais.

Só o luto não basta! Precisamos de ações e de cobrar atitudes!

O governador Eduardo Leite lamentou a morte, mas lamento não constrói cercas. A concessionária do parque emitiu uma nota de pesar, mas notas não evitam quedas.

Se queremos ser um destino turístico de verdade, é hora de:

✅ Cobrar leis mais rígidas para segurança em áreas naturais.

✅ Exigir que concessões turísticas invistam em proteção, não só em marketing.

✅ Treinar guias e funcionários para emergências.

Este é um desafio para todos nós, inclusive em nosso Sul de Minas, com tantos pontos lindos, deslumbrantes, mas igualmente perigosos. Na próxima vez que você for a um mirante, uma cachoeira ou um parque, olhe em volta:

Há sinalização de perigo?

As grades são sólidas ou apenas decorativas?

Alguém está monitorando os visitantes?

Bianca não pode voltar, mas podemos evitar que outras famílias passem pela mesma dor. 

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